PF faz buscas contra aliciamento violento de eleitores em João Pessoa; presidente da Câmara Municipal é um dos alvos

  • 18/10/2024
(Foto: Reprodução)
Esquema envolveria ameaças, controle de território e coação para o voto a fim de exercer influência no pleito eleitoral. Parlamentar vai usar tornozeleira eletrônica. Dinho Dowsley, presidente da Câmara Municipal de João Pessoa CMJP/Divulgação A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (18) uma operação que cumpriu sete mandados de busca e apreensão com o objetivo investigar a influência de grupo criminoso no pleito municipal de João Pessoa. Um dos alvos é o vereador Dinho Dowsley, presidente da Câmara Municipal da capital paraibana, que vai passar a usar tornozeleira eletrônica. Em termos técnicos, a PF informou que, com autorização da Justiça, vai adotar "medidas cautelares diversas da prisão" em todos os alvos da ação. A operação foi batizada de Livre Arbítrio e contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Por meio de nota, Dinho declarou que tem sido alvo de "ilações maliciosas" envolvendo o seu nome e que isso tem "motivos meramente eleitoreiros". Ele lembrou que tem 20 anos de vida pública, com cinco mandatos, sem nenhum processo, denúncia ou indiciamento nesse período. Por fim, ele disse que se coloca à disposição para explicações. Prédio onde Dinho Dowsley foi alvo de mandado de busca e apreensão em Intermares Karine Tenório/TV Cabo Branco De acordo com a Polícia Federal, o esquema envolveria ameaças, controle de território e coação para o voto a fim de exercer influência no pleito eleitoral. Os crimes investigados são constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato. As diligências realizadas visam obtenção de provas de materialidade e autoria que reforcem os elementos já colhidos durante a investigação policial, com o objetivo assim de responsabilizar os envolvidos pelos crimes eleitorais praticados. Outros alvos Também foram alvos da operação Pollyanna Monteiro, Taciana Batista do Nascimento e Josevaldo Gomes. Pollyana é suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles deveriam votar. Pollyanna foi presa na segunda fase da operação Território Livre, em 19 de setembro deste ano, e levada para o presídio Júlia Maranhão. A prisão foi revogada em prisão domiciliar em 20 de setembro. Já Taciana Batista seria usada por Pollyana para exercer influência na comunidade. Ela é ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida. Também foi presa e levada para o presídio Júlia Maranhão em 19 de setembro, mas foi solta em 30 de setembro. Hoje está obrigada a usar tornozeleira eletrônica. A PF também fez buscas na casa de Josevaldo Gomes, conselheiro tutelar que foi alvo de busca na primeira fase da Território Livre. Por decisão da Justiça, ele foi afastado do cargo de conselheiro nesta sexta-feira (18). Procurada pelo g1, a defesa de Pollyana disse que recebeu "com surpresa e indignação" a notícia de mais uma busca e apreensão, e destacou que ela nega toda e qualquer acusação de que ela sejam integrante de organização criminosa que tenha contribuído para "a burla do processo eleitoral". Já a defesa de Taciana Batista disse que ainda aguarda acesso aos autos, mas que "acredita na inocência da constituinte" e que isso será provado no trâmite do processo. Por fim, a defesa de Josevaldo Gomes informou que reitera a sua inocência e reafirma a confiança na justiça. Deixou registrada que será cumprida todas as medidas cautelares e que vai discutir os excessos da operação no momento oportuno. Vídeos mais assistidos da Paraíba

FONTE: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2024/10/18/pf-faz-buscas-contra-aliciamento-violento-de-eleitores-em-joao-pessoa-vereador-dinho-e-um-dos-alvos.ghtml


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